terça-feira, 18 de setembro de 2012

Já tive medo de dizer o que penso, já temi não agradar, estar enganada, tive receio de não ser querida por dizer o que pensava, apesar de entender que deveria manifestar-me. Calei por muitas vezes quando queria falar, engasgada com as palavras que não saiam! O tempo passou e dei um salto para o lado oposto, quis dizer tudo, sem ponderar meios e modos, motivos e quando fazê-lo... também não deu certo... nem um, nem outro, são comportamentos ideais!

Descobri vivendo, realizando e recolhendo resultados, que falar o que se entende ser verdadeiro, bom e útil, é imprescindível. Cansei do caminho da omissão, prefiro perder um amigo a deixá-lo afundar sem dizer-lhe para onde segue. Porém, aprendi que mesmo a verdade, a utilidade e a bondade, precisam ser tratadas com amor, com delicadeza, sem imposição - e com um sorriso gentil nos lábios, se possível!

Ainda sinto frio na barriga quando minha consciência pede para que eu me manifeste sobre algo que nitidamente a maioria não compartilha ou que apontará equívocos de pessoas com quem convivo, as quais possivelmente escolherão sentirem-se magoadas. Mas, bendita maturidade!, respiro fundo enquanto reflito com a história que roda o mundo como sendo de Sócrates, o filósofo: se tiver convicção de que é verdadeiro, se do conhecimento do que direi tenha certeza de pode resultar algo bom e se houver utilidade em dizê-lo, não calo...

Não é mais tempo de calar.
By
Vania Mugnato de Vasconcelos

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