Não sabemos esperar o livre curso da vida. Queremos atropelar os acontecimentos. Procuramos o tempo inteiro por conclusões e resultados e não aproveitamos a melhor fase que é o processo. Quando é segunda-feira queremos que chegue logo a sexta. Esperamos angustiados pelo dia da viagem, da apresentação, do evento... e o tempo vai passando. Condicionamos nossa vida à realização de grandes acontecimentos. Criamos expectativas que estes acontecimentos são as soluções para os nossos problemas e aflições. Mas esquecemos do melhor... de viver. Cada segundo, cada momento, cada sorriso, cada lembrança... E quando realizamos o que estavamos esperando, logo focamos um novo alvo, depositando novamente expectativas que nunca serão alcançadas. Levamos uma vida de enorme ansiedade. E a vida passa e só nos damos conta da bobagem que fizemos quando já não temos tanto tempo, nem tanta saúde para saboreá-la. E passamos o restinho de vida nos lamentando, porque não perdoamos, porque nos estressamos, porque não tivemos paciência, porque não vivemos com mais plenitude. Levamos toda uma vida de preocupações e ansiedade, até o dia que atingimos a maturidade para percebermos o tanto que perdemos de tempo com banalidades.