Quanto mais pensamos e nos esclarecemos, mais nos entristecemos. Sempre me pego pensando nisso. As pessoas mais felizes que conheço não se importam muito com o próximo, tem a materialidade como filosofia, valorizam excessivamente a aparência... o que tem... o que é... o poder que exercem sobre o outro. Já as pessoas que buscam crescer espiritualmente, se deparam constantemente com injustiças, começam a ver maldade “pra tudo quanto é lado”... afinal, é difícil aceitar um comportamento muito diferente do seu... essa é só a primeira fase pela qual passa a pessoa que quer ser "boa"... logo vêm os ditos pecados, preceitos éticos... caridade, fraternidade e humildade... e quanto mais você se aprofunda... mais é dominado pela melancolia, pelo sentimento de impotência, diante da confusão que o mundo se tornou... e você vai melhorando (ou piorando, não sei ao certo) e mais você sente que esse mundo não é o seu lugar. Muitos caem em depressão, abalados por atitudes alheias tão surpreendentes e absurdas, que não conseguem se levantar. Outros preferem simplesmente ignorar seus próprios sentimentos de perplexidade diante da realidade. Eu já fiquei deprimida, já tentei ignorar as mazelas do mundo e já me senti completamente confusa. Agora estou adotando uma nova estratégia... só faço o que posso... faço pouco... mas faço de coração. Não ignoro, mas me ponho no meu lugar... se puder ajudar, o faço... se não puder... não me sinto culpada por isso. Estou tentando encontrar meu lugar no mundo. Afinal, somos responsáveis por tudo o que vivemos; desde a casa em que moramos, até as amizades que escolhemos. Cuido dos meus erros e tento transformar em acertos. Tento também não abraçar as dores do mundo, se não, haja dor e medo. Tento... mas nem sempre consigo. O importante é não perder a capacidade de se refazer diante dos problemas, porque esse ciclo é constante, ora acontece coisa boa, ora acontece coisa ruim, afinal a felicidade é inconstante.
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